Conjugação de meios pode ajudar Cabo Verde a reduzir carências na fiscalização da ZEE - Adido de Defesa de Portugal

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Conjugação de meios pode ajudar Cabo Verde a reduzir carências na fiscalização da ZEE - Adido de Defesa de Portugal
04/08/25 - 07:25 pm

Mindelo, 04 Ago (Inforpress) - O adido de defesa da Embaixada de Portugal em Cabo Verde disse hoje que a conjugação entre meios aéreos e de superfície é fundamental para ajudar Cabo Verde a reduzir carências na fiscalização da Zona Económica Exclusiva.

Carlos Afonso, também comandante, falava à imprensa após um exercício de demonstração de capacidades no navio patrulha oceânico português “NRP Sines”, a cerca de 10 milhas do Porto Grande, com a participação de uma equipa multidisciplinar com elementos da marinha portuguesa e da Guarda Costeira Cabo-Verdiana. no âmbito da Iniciativa Mar Aberto.

Segundo a mesma fonte, a conjugação de meios é ideal tendo em conta que dá ao País valências diferentes em meios diferentes, que possam ser operados consoante o cenário que é apresentado às autoridades. Isto.  explicou, tendo em conta que Cabo Verde possui uma Zona Económica Exclusiva de cerca de 734 mil quilómetros quadrados, o que representa 180 vezes mais do que a sua superfície terrestre.

“A conjugação dos meios aéreos, sejam eles tripulados ou não, e os meios de superfície são  fundamentais, porque os meios aéreos dão-nos cobertura de área, são meios que com a velocidade de operação e com o alcance que têm cobrem uma área muito mais extensa que o navio”, explicou o comandante.

Para Carlos Afonso isso permite que o navio seja direccionado exactamente para o contacto de interesse e não ande à procura no meio de um oceano vasto.

Sobre os dois exercícios efectuados a bordo do NRP Sines, explicou que  o primeiro foi uma demostração de uma abordagem a uma embarcação não cooperante. Neste caso, acrescentou, uma equipa especializada, composta por fuzileiros, aborda e toma a embarcação, faz a segurança para depois entrar as equipas de vistoria. 

O segundo exercício foi uma demonstração de combate a incêndio a bordo. Reforçou que tudo isso é o quotidiano da vida a bordo em que se simulam várias situações que podem acontecer para que a guarnição esteja treinada e pronta a responder em caso de situações reais.

“Simulamos um incêndio num espaço habitacional em que depois a guarnição é actuada para combater o incêndio nas mais diversas funções, quer seja na fase de arrefecimento do local, que tem o sinistro, mas também extracção de fumos, a entrada no compartimento”, clarificou. 

A iniciativa Mar Aberto é uma missão que acontece, pelo menos uma vez por ano, desde 2007. Portugal reagiu em 2007 no quadro das orientações de política externa e de defesa como uma resposta do Estado português face à insegurança marítima e outros desafios no Golfo da Guiné. 

A missão visa satisfazer os compromissos internacionais assumidos por Portugal no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) , das presenças marítimas coordenadas da União Europeia e com outros países do Golfo da Guiné (GdG).

CD/JMV

Inforpress/Fim

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