Cidade da Praia, 31 Jul (Inforpress) – A deputada do Parlamento da CEDEAO Isa Costa considerou hoje que a mutilação genital feminina ainda é um dos grandes desafios nos Estados-membros, casos que acontecem ainda na Guiné-Bissau, Nigéria e outros países.
Isa Costa fez esta afirmação à Inforpress, no âmbito da celebração do Dia da Mulher Africana, que se assinala esta quinta-feira, 31 de Julho.
Com o intuito de destacar o papel da mulher nas esferas sociais, a deputada lamentou que ainda exista este problema nos Estados- membros da CEDEAO, nomeadamente a “participação política da mulher que ainda é residual”.
“Ainda confrontamos com legalização da mutilação genital feminina, e o meu papel no parlamento é posicionar contra esta prática que, infelizmente. é vista como um acto cultural de alguns países africanos”, lamento disse Isa Costa.
Apontou que recentemente a Gâmbia queria revogar a lei que proíbe a mutilação genital feminina, aprovada em 2014, mas que com os esforços dos parlamentares conseguiram que a prática continue a ser ilegal e proibida na Gâmbia.
No caso de Cabo Verde, considerou que é uma “referência praticamente a todos os níveis”, por exemplo na liberdade de expressão, na democracia, igualdade, violência doméstica, se comparado com a realidade de outros países da CEDEAO.
No entanto, congratulou-se com a celebração do Dia da Mulher Africana e dos ganhos que os países vêm tendo em outras áreas.
O Dia Internacional da Mulher Africana foi instituído em 31 de Julho de 1962, durante a Conferência das Mulheres Africanas em Dar-Es-Salaam, Tanzânia. Este dia, um marco na luta pela igualdade de gênero no continente, visa reconhecer e homenagear a contribuição das mulheres africanas no desenvolvimento do continente.
Em África a mulher continua sendo discriminada, mas também têm conquistado espaços no mercado de trabalho e de poder.
Com a descolonização de África, na segunda metade do século XX, muitas mulheres passaram a exercer funções no mercado, mas com remuneração inferior à do homem.
O Dia da Mulher Africana é reconhecido em 14 países e por vários Movimentos de Libertação Nacional.
OS/JMV
Inforpress/Fim
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