lha do Sal: Presidente do CSCCT diz que Fórum de Investimento é o ponto de inflexão para redefinir o mapa de investimentos

Santa Maria, 18 Jun (Inforpress) - O presidente do Conselho Superior das Câmaras de Comércio e Turismo de Cabo Verde, Jorge Maurício, marcou a abertura do Cabo Verde Investment Forum, como um ponto de inflexão para redefinir o mapa de investimentos do país.

Maurício apelou a uma "disrupção positiva" para transformar desafios em oportunidades, sublinhando o vasto potencial de Cabo Verde em inovação e sustentabilidade.

Jorge Maurício enfatizou a necessidade de ser "ousado e visionário", instando ao investimento em educação, infraestruturas e tecnologia para capacitar a juventude cabo-verdiana.

A mesma fonte defendeu que cada investimento deve ser um passo em direção a um futuro com maior valor social, económico e ambiental, e que a energia sentida no fórum deve ser canalizada para construir uma rede de colaboração onde o lucro caminhe lado a lado com o bem-estar social e ambiental.

Em 2023, o país atingiu, pela primeira vez, a marca de um milhão de hóspedes anuais, e o turismo continua a ser o principal motor económico, representando cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB).

Contudo, Maurício sublinhou a “imperatividade da diversificação económica” para garantir a robustez e sustentabilidade a longo prazo do país.

Alertou que não se pode depender exclusivamente do turismo, defendendo a exploração e o desenvolvimento de outros sectores que ofereçam oportunidades únicas para a inovação, criação de emprego e crescimento.

Para alcançar essa diversificação, Jorge Maurício apontou várias áreas estratégicas.

No âmbito da Economia Azul, destacou o aproveitamento dos recursos marinhos através da pesca sustentável, aquacultura, turismo marítimo e energias renováveis offshore, tanto eólica como solar.

A melhoria e adequação das infraestruturas marítimas, incluindo a inauguração do Terminal de Cruzeiros de São Vicente no próximo sábado “são cruciais para facilitar o comércio e a logística”.

A digitalização e a inovação são vistas como pilares emergentes, com o incentivo a startups e empresas de tecnologia, a criação de hubs de inovação, incentivos fiscais e a formação de jovens em áreas tecnológicas, como centros de excelência em coding, visando posicionar Cabo Verde como um hub tecnológico regional.

Na agricultura e agroindústria, a aposta, conforme a mesma fonte, passa pela introdução de técnicas modernas e sustentáveis para aumentar a produtividade e reduzir a dependência de importações, além do desenvolvimento da agroindústria para transformar produtos agrícolas em bens de maior valor.

O turismo diversificado também mereceu destaque, com a promoção de segmentos que vão além do "sol e praia", como o turismo de cruzeiros, cultural, pesca desportiva, subaquático, ecológico e de aventura, acompanhados pela melhoria das infraestruturas turísticas.

Jorge Maurício concluiu a sua intervenção afirmando que o fórum é mais do que uma mera discussão, representando a abertura de portas para o futuro.

Apelou para que cada decisão tomada no evento seja uma "pedra na construção de um Cabo Verde próspero e desenvolvido", enfatizando que o objectivo final vai além de "números e gráficos", mas visa "vidas transformadas, sonhos realizados, de um legado que perdurará".

NA/JMV

Inforpress/Fim