Ilha do Sal: PM destaca “robusta visão” do país e antevê “futuro próspero” para o arquipélago

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Ilha do Sal: PM destaca “robusta visão” do país e antevê “futuro próspero” para o arquipélago
18/06/25 - 06:49 pm

Santa Maria, 18 Jun (Inforpress) - O primeiro-ministro destacou hoje a “robusta visão” do país para um futuro próspero, impulsionado por investimentos e parcerias estratégicas, sublinhando a importância das políticas públicas e investimentos privados para o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza.

Ulisses Correia e Silva fez essa intervenção durante a abertura do Cabo Verde Investiment Forum que acontece na ilha do Sal e ocorre a poucas semanas das celebrações dos 50 anos de independência do arquipélago, marcando um momento crucial para “reafirmar o compromisso com o desenvolvimento sustentável”.

No seu discurso, o primeiro-ministro destacou que o fórum é um reflexo do compromisso de Cabo Verde com o crescimento económico e a geração de empregos.

Sublinhou a importância das políticas públicas, investimentos públicos e privados, parcerias público-privadas, e o engajamento da diáspora e do investimento directo estrangeiro como pilares para o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza.

"Todo o propósito que temos de estar a fazer enquanto nação cabo-verdiana é indissociável de boas parcerias", afirmou Correia e Silva, ressaltando o papel fundamental das colaborações bilaterais e multilaterais.

 

A mesma fonte fez uma “menção especial” à União Europeia, descrita como o "maior parceiro" de Cabo Verde, e ao Reino Unido, o principal emissor de turistas para o arquipélago. 

A iniciativa Cabo Verde, Europa Gateway e Investment Forum foi citada como um exemplo de sucesso, já tendo gerado mais de 300 milhões de euros em investimentos previstos para sectores estratégicos como a economia azul e a economia digital.

Ulisses Correia e Silva aproveitou para apresentar dados sobre a recuperação económica de Cabo Verde desde a última edição do fórum em junho de 2024.

“O país registou um crescimento económico de 7,3% em 2024, superando a queda de 20,8% sofrida em 2020 devido à pandemia de COVID-19. A taxa de desemprego e os níveis de pobreza também apresentaram queda, com a redução de desemprego e redução da pobreza”, sublinhou.

O turismo, segundo o chefe do Governo, continua a ser um motor essencial da economia, com Cabo Verde a registar um recorde de 1,2 milhão de turistas em 2024, superando os 819 mil de 2019.

Na economia digital, o país inaugurou dois parques tecnológicos, na Praia e em São Vicente, que já abrigam diversas empresas e start-ups, exportando serviços tecnológicos.

Quanto ao sector de energias renováveis, a mesma fonte disse que Cabo Verde demonstra progresso significativo, com 53,3 megawatts de capacidade contratada prevista para 2024 e 2025.

“Isso deve permitir que o país atinja 35% de penetração de energias renováveis já em 2026, antecipando a meta original e colocando-o no caminho para alcançar 50% ou mais até 2030”, continuou.

Apesar de um cenário global complexo, marcado por incertezas geopolíticas e económicas, o primeiro-ministro reafirmou o compromisso de Cabo Verde com a estabilidade, boa governança e baixos riscos de corrupção.

O primeiro-ministro ambiciona que cada ilha se torne um destino turístico diferenciado, com capacidade de criar mercado para produtos agroalimentares, da pesca e da indústria criativa. 

Na economia azul, Cabo Verde busca aumentar a contribuição da actividade marítima para o PIB, diz ainda o governante, através de transbordo portuário, reparação naval, indústria pesqueira, aquacultura e biotecnologia.

O país também quer posicionar-se como um centro de desenvolvimento de competências neste domínio, através do Campus do Mar em São Vicente, que oferece formação técnica e profissional, investigação e ensino superior.

Na economia digital, a ambição é tornar Cabo Verde uma nação digital inclusiva e conectada, um hub digital capaz de atrair investidores de referência e nômades digitais, além de exportar serviços e gerar oportunidades de emprego qualificado para jovens.

O primeiro-ministro concluiu reiterando que o investimento privado é “fundamental para o desenvolvimento desses setores”, sublinhando que o Estado estará a fazer a sua parte, nos investimentos que são públicos e que são necessários.

NA/JMV

Inforpress/Fim

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