Cidade da Praia 10 Jun (Inforpress) - As Forças Armadas realizaram hoje, na comunidade piscatória de Achada Grande Trás, uma sessão de conversa aberta ligada à questão da segurança marítima, para mostrar a importância da segurança no mar.
A sessão da conversa aberta decorreu no âmbito da comemoração do 50ª aniversário da independência nacional, que está enquadrada nas actividades a serem desenvolvidas pela Forças Armadas e que contaram com a participação da Guarda Costeira e do Centro de Operações de Segurança Marítima (COSMAR).
Em entrevista à Inforpress, o director COSMAR, Ricardo Dias, informou que o objectivo da conversa aberta é incentivar as comunidades piscatórias, principalmente os pescadores da pesca artesanal, sobre a importância da segurança antes de se deslocarem para o mar.
O director disse ainda que a actividade também serve para fazer a divulgação do Centro Conjunto de Coordenação de Salvamento (JRCC) em São Vicente, mas também para informar as comunidades sobre a importância da Guarda Costeira, que na opinião de Ricardo Dias é um parceiro importante que garante a realização do trabalho seguro dos pescadores.
O representante frisou ainda que os pescadores da referida localidade já tinham realizado uma visita ao Cosmar, mas que a realização da conversa aberta na localidade visa abranger um número maior de participantes.
O objectivo é mostrar que não somos apenas autoridades que aplicam a lei, mas que estamos juntos das comunidades para dar apoio, concluiu o director.
Por seu turno o presidente da Associação dos pescadores e peixeiras de Achada Grande Trás e São Tomé, Alberto Tavares, enalteceu a iniciativa da Cosmar, frisando que já tinham realizado uma visita a referida instituição, que considerou ser de grande valia, ressaltando que a presença da mesma visa reforçar as informações recebidas na visita.
Alberto Tavares disse ainda que possui conhecimento sobre os equipamentos necessários para a segurança marítima, mas informou que as maiores dificuldades estão relacionadas com a questão da capacidade das embarcações e também o financeiro, sublinhando o valor muito alto dos equipamentos e que as embarcações não permitem levar todos os equipamentos necessários por não possuir espaços de armazenamento dos mesmos.
Tavares adiantou ainda que receberam alguns equipamentos e reconheceu a necessidade de usá-los para a própria segurança.
Já o pescador Beloni dos Reis, com mais de 25 anos a exercer a profissão, enalteceu a iniciativa, reconhecendo que desconhece alguns pontos frisados, como a questão da localização, relacionado com a questão das coordenadas geográficas, assim como o uso do rádio.
Disse ainda que possui alguns equipamentos doados, como o rádio, mas que desconhece a forma de utilizá-los, pelo que sempre os deixa em casa por não saber manuseá-los.
Beloni dos Reis almeja por mais iniciativas do género para manter os pescadores mais informados sobre a questão da segurança marítima.
KR/SR/JMV
Inforpress/Fim
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