São Vicente: Feminista chama atenção para “retrocessos” na igualdade e equidade de género no país

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São Vicente: Feminista chama atenção para “retrocessos” na igualdade e equidade de género no país
16/05/25 - 08:59 pm

Mindelo, 16 Mai (Inforpress) – A feminista e investigadora sobre igualdade e equidade de género Celeste Fortes alertou hoje, no Mindelo, para “retrocessos” verificados no processo e que precisam ser combatidos e alterados com investigação e activismo.

A também docente e membro do Centro de Investigação e Formação em Género e Família (CIGEF) da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) falava à imprensa como um dos oradores do debate sobre o tema “Igualdade, equidade de género e exercício da cidadania em Cabo Verde”, enquadrado na celebração do 50º aniversário da independência nacional.

O propósito do evento, conforme a mesma fonte, é trazer a temática equidade e igualdade de género para cima da mesa, em aspectos voltados, por exemplo, para a academia cabo-verdiana.

“Como se tornar mais militante, ou seja, um exercício de transferência e transformação de conhecimentos produzidos dentro da academia, enquanto investigadoras e feministas, e transferir para a sociedade para impactar e para fazer advocacia a nível de políticas públicas para mudança de comportamentos”, enfatizou a oradora, que levanta questões como as dimensões de violência baseada no género e a desigualdade salarial.

Celeste Fortes disse haver ainda uma “grande caminhada” a ser feita já que se tem notado “retrocessos no processo”, tanto a nível mundial, como em Cabo Verde.

“Temos que estar balizados a nível científico para combater as desigualdades de género que, aparentemente, se pode dizer que em Cabo Verde tem conseguido várias conquistas”, considerou.

Por isso, adiantou, nunca é demais continuar o trabalho de investigação e também o activismo para se manter e alterar, ao mesmo tempo, a situação.

O debate surgiu da iniciativa da Curadoria Científica e Organização do Ciclo de Conferências-Debate em comemoração do 50º Aniversário da Independência de Cabo Verde e aconteceu na Casa da Ciência da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

Foi realizado em conjunto com o Centro de Investigação e Formação em Género e Família (CIGEF) e com a Universidade de Cabo Verde, e teve como oradores Carmelita Silva, Terza Lima-Neves, Celeste Fortes e Adilson Semedo, com moderação de Lia Medina.

O evento aconteceu em formato híbrido, com debate presencial e na plataforma zoom.

As actividades dos 50 anos da independência nacional decorrem sob o lema “Cabo Verde, Nôs Orgulho, Nôs Futuro”, mediante programa diversificado, participativo, incluindo conferências, exposições, espectáculos culturais, publicações, intercâmbios com a diáspora, actividades cívicas, concursos e homenagens.

O programa, conforme a organização, está orçado em 50 mil contos, disponibilizados pelo Governo, contando também com a participação “activa e efectiva” das empresas, instituições e da comunidade internacional.

A abertura oficial aconteceu no dia 25 de Abril, na cidade do Mindelo, em São Vicente, enquanto a ilha do Sal será palco do fecho dessas celebrações com um “grande evento”, em Dezembro, mas o ponto alto do programa comemorativo acontece no dia 05 de Julho, na cidade da Praia.

LN/JMV

Inforpress/Fim

 

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