Mindelo, 16 Mai (Inforpress) – Os oficiais de Justiça de São Vicente manifestaram-se hoje em frente ao Palácio de Justiça a pedir mais valorização e respeito pelos seus direitos e prometem partir para outras formas de luta caso não sejam ouvidos.
O protesto, conforme adiantou o vice-presidente da associação da classe, Litos Sousa, tem como propósito colocar um “chega” na falta de valorização do Ministério da Justiça.
“Queremos exigir respeito e reparo dos nossos direitos como oficiais de justiça. Estamos cansados de tanto esperar, por vários anos, e temos sido constantemente ignorados”, considerou o porta-voz do grupo que reuniu trabalhadores das Secretarias, da Procuradoria e do Tribunal da Relação de São Vicente.
Segundo a mesma fonte, sentem-se “desmotivados” por “trabalharem muito” e receberem em troca “indiferença e promessas vazias” por parte da ministra da Justiça que, asseverou, não tem cumprido o acordado em diferentes reuniões já realizadas.
A maior das reclamações, enumerou Litos Sousa, é a falta de efectivação do estatuto da classe que está a decorrer os seus trâmites desde ano judicial de 2021/2022, mas até agora não se sabe o estado real deste documento, que poderia resolver a maior parte dos seus problemas.
Mas, acrescentou, para além do estatuto, os oficiais de Justiça enfrentam outros constrangimentos como a reforma de funcionários, precariedade laboral, insegurança, falta de promoção, formações específicas e ausência de um subsídio de risco.
Mais ainda, apontou, reivindicam a necessidade de porte de arma, uma vez que correm riscos diários.
Por tudo isso, Litos Sousa colocou a possibilidade, caso não sejam ouvidos, de partirem para outras formas de luta, como a greve.
Por enquanto, os oficiais de Justiça, hoje empunhados de cartazes com dizeres como “A justiça começa em casa”, “Valorização Já, chega de descaso”, “Justiça para quem nela trabalha” e outros, vão recorrer a outras manifestações, marcadas para 23 e 30 de Maio próximos.
LN/JMV
Inforpress/Fim
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