Santa Maria, 29 Abril, (Inforpress) - Trabalhadores do sector do turismo e similares no Sal saíram hoje às ruas da cidade de Santa Maria, numa passeata, como forma de promover a união, reconhecimento e reflexão colectiva sobre os desafios e conquistas da classe trabalhadora.
Enquadrada nas comemorações do Dia Internacional do Trabalhador, assinalado a 01 de Maio, a passeata reuniu centenas de trabalhadores, principalmente do sector hoteleiro, numa marcha que arrancou na última rotunda da Avenida dos Hotéis e foi terminar no meio da cidade de Santa Maria.
O presidente do Sindicato da Indústria, Comércio e Turismo (SICOTUR), Nilton Vaz, explicou que este ano, na ilha do Sal, as reivindicações recaem sobre o sector do turismo, pelo facto de constatar algumas injustiças, por um lado e, por outro, para que haja uma consciencialização sobre a necessidade de salários dignos neste sector.
“Temos necessidade de um aumento salarial digno, de ter um controle relativamente ao assédio moral e sexual que existe na hotelaria, represálias e a carga horária excessiva”, explicou.
“Tudo isso é para chamar a atenção sobre os direitos dos trabalhadores e no sentido de os grupos hoteleiros sentarem uma vez mais com os sindicatos para tentar criar um Acordo Coletivo de Trabalho (OCT), com condições para todas as partes”, continuou.
Para o sindicalista, quando se fala de um OCT, quer dizer que “um trabalhador com 10, 15 ou 20 anos de trabalho no sector hoteleiro, pelo menos, deveria estar com um salário digno”.
Nilton Vaz sublinhou que a marcha partiu da Avenida dos Hotéis, por ser o lugar onde está concentrado o maior número de hotéis e onde a maior parte dos trabalhadores no Sal labutam diariamente.
Quanto ao balanço da passeata, o presidente do SICOTUR frisou que a nota é positiva, pelo número de trabalhadores que compareceram, levando em conta que nestes sectores os trabalhadores trabalham por turnos.
Durante a passeata várias foram as palavras de ordem apelando à “dignidade da classe trabalhadora”, e cartazes com frases feitas que traduzem a “insatisfação da classe” perante as exigências dos empregadores e face às condições que lhes são dadas.
NA/JMV
Inforpress/Fim
Partilhar