Calheta, São Miguel, 23 Abr (Inforpress) – A Câmara Municipal de São Miguel apelou hoje aos agricultores a não fazerem a limpeza dos terrenos agrícolas recorrendo à prática de queimadas, alertando que esta técnica tem provocado incêndios.
Não obstante reconhecer que com o aproximar da época das sementeiras há necessidade de se fazer a limpeza dos terrenos para a plantação, o município liderado por Herménio Fernandes pediu, mais uma vez, aos homens do campo para evitarem realizar queimadas sem a autorização da edilidade e do Ministério da Agricultura e Ambiente.
“(…) A queimada é uma prática extremamente perigosa que pode trazer sérios danos ao meio ambiente e à saúde pública. Estas não devem ser feitas sem autorização, sem precaução e de forma indisciplinada, devido aos riscos associados, nomeadamente podendo causar incêndios, colocando em risco o património público e, principalmente, vidas humanas”, recordou.
Daí, aproveitou para sensibilizar e informar que, de acordo com o Código de Posturas Municipais, no seu artigo 95º, alínea f), “fora dos centros urbanos, os dejectos e imundícies só poderão ser lançados, enterrados ou queimados em locais indicados pela câmara municipal, sob pena de multa de 1.000 a 50.000 escudos”.
Na nota, a autarquia micaelense disse esperar com todos os munícipes em prol da protecção do ambiente e da vida humana”.
Em Santiago Norte, no passado dia 16 de Abril, um incêndio destruiu aproximadamente três hectares de área florestal e agrícola, num local de difícil acesso, na localidade de Mato Raia, em São Lourenço dos Órgãos.
O incêndio, alegadamente provocado por queimadas, só foi combatido com a força humana, recorrendo a pás e enxadas porque não há acesso automóvel para o local, segundo o edil laurentino, Euclides Cabral.
Já em Santa Catarina, mais de uma dezena de incêndios já foram identificados, desde o início do ano, conforme informações do serviço da Protecção Civil da autarquia.
FM/CP
Inforpress/Fim
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