Porto Novo: Ministério da Agricultura e Ambiente propõe passagem da gestão das áreas protegidas às organizações ambientais

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Porto Novo: Ministério da Agricultura e Ambiente propõe passagem da gestão das áreas protegidas às organizações ambientais
16/02/25 - 09:59 am

Porto Novo, 16 Fev (Inforpress) – A gestão das áreas protegidas na ilha de Santo Antão deve estar a cargo das organizações não-governamentais de cariz ambiental no quadro de uma parceria a ser estabelecida entre o Governo e estas organizações.

Esta posição é defendida pelo delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente no concelho do Porto Novo, Joel Barros, para quem o Estado deve ponderar essa possibilidade de “passar a gestão plena” das áreas protegidas às associações ambientais no quadro de uma parceria entre as partes.

O Presidente da República, durante a sua visita, esta semana, ao Planalto Norte, no Porto Novo, onde se situa o parque natural do Tope de Coroa, defendeu mais poderes e recursos para os municípios, mas também para as associações que actuam a nível da protecção ambiental e do desenvolvimento comunitário.

“Estado deve transferir mais poderes e mais recursos às ilhas. Não apenas aos municípios, mas também às organizações não-governamentais e às associações de desenvolvimento comunitário”, notou José Maria Neves.

No caso do parque natural de Tope de Coroa, a Associação Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Terrimar, com sede em Santo Antão, já concluiu o projecto de protecção das plantas endémicas nessa área protegida, com o financiamento do Programa das Pequenas Iniciativas.

A directora executiva desta associação, Silvana Roque, aproveitou a visita do Presidente da República a essa zona para defender a necessidade de “uma intervenção de grande porte” no parque natural de Tope de Coroa, com vista à preservação dessa área protegida.

Esta ambientalista disse que o parque natural de Tope de Coroa precisa de “uma gestão efectiva”, com um plano de gestão e com uma equipa técnica especializada, alertando para a necessidade de se investir na resolução do problema de pastoreio livre, que ameaça esta área protegida, criada em 2003.

A Terrimar defende investimentos na criação de currais para o confinamento das oito mil cabeças de gado.

A ilha de Santo Antão tem cinco áreas protegidas. 

JM/JMV

Inforpress/Fim

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