Ilha do Sal: José Paixão diz que candidatura à Comissão Política Regional do PAICV visa reorganizar o partido a nível local

Espargos, 07 Fev (Inforpress) – O candidato a presidente da Comissão Política Regional do PAICV no Sal assumiu hoje que a sua candidatura visa reorganizar o partido a nível local, indicando que é preciso conhecer a ilha para poder trabalhar as estruturas.

José Paixão, que nas autárquicas de 2024, liderava a lista do Partido da Independência de Cabo Verde (PAICV) no Sal, fez essa afirmação numa entrevista à Inforpress, para assumir-se como um dos candidatos na corrida à presidência do partido a nível regional.

José Paixão assume-se como um militante do partido desde 1987, tendo participado em várias acções de campanha nas eleições locais e a nível central, por isso entende que “conhece bem a ilha e os seus militantes”, para decidir nesta luta de “trabalhar as estruturas e de motivar os companheiros”.

“Para isso é preciso uma liderança que conheça os seus militantes, que consiga ir lá onde eles estão para dialogar e tê-los motivados. Tenho vindo a desempenhar cargos de dirigente na ilha, sou militante de base e dei o meu contributo também enquanto deputado municipal”, frisou.

A mesma fonte destacou que já havia participado nas eleições regionais em 2020, porque desde de então entendeu-se melhor preparado para prestar o “melhor” trabalho junto dos militantes.

“Volto a candidatar-me porque entendo que neste momento, após uma candidatura para a Câmara Municipal, verifiquei mais uma vez, que o PAICV não estava organizado, que precisava de alguém que consiga dar um novo alento ao partido e que consiga trazer os militantes para fazer uma frente forte para os próximos empates eleitorais”, continuou.

Destacou ainda que é preciso “alargar a base de militância do PAICV”, e fazer funcionar as estruturas como a organização das mulheres do PAICV e a JPAI, que a seu ver não tem funcionado.

“Portanto a responsabilidade para o sucesso e o bom funcionamento do PAICV no Sal é da responsabilidade de todos os dirigentes e dos militantes, sem atirar pedras uns aos outros, e neste sentido se os militantes entenderem que sou a pessoa ideal para dirigir, estou preparado", salientou José Paixão.

Quanto aos projectos apresentados pelo candidato para “reorganizar” o perdido a nível local, disse que pretende ajudar com o comité do sector a trabalhar as bases e a refletir no plano de formação dos dirigentes, para que os dirigentes conheçam o estatuto e saibam como proceder.

Acrescentou ainda a necessidade de trabalhar com a bancada do PAICV e com os próprios deputados nacionais para se ter um alinhamento das políticas de desenvolvimento da ilha e trabalhar “fortemente” na informação com base nas redes sociais para passar as mensagens e fazer os programas do partido chegar aos militantes e à sociedade civil.

“Trabalhar também para que as datas importantes sejam assinaladas e os nossos heróis sejam valorizados e que as pessoas conheçam os trabalhos que o PAICV tem feito ao longo da história, tudo isso em sintonia com a Comissão Política Nacional”, sustentou o candidato.

Neste momento, o PAICV conta com cerca de 700 militantes inscritos, mas José Paixão disse que este também é um trabalho a ser feito, no sentido de ter inscritos apenas “reais militantes”.

As eleições para eleger o novo presidente para a Comissão Política Regional estão marcadas para o próximo dia 23 de Fevereiro e contam com uma outra lista encabeçada por Carlos Monteiro, que também concorreu nas últimas autárquicas para presidente da Assembleia Municipal.

NA/JMV

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