Cidade da Praia, 04 Fev (Inforpress) – O presidente do PAICV (oposição), Rui Semedo, disse hoje que a remodelação governamental, “ainda que tarde, é o reconhecimento de que as coisas não estavam bem, como é evidente”, além de não trazer “novas esperanças para os cabo-verdianos”
O líder do maior partido da oposição, que falava à imprensa sobre as mexidas registadas no executivo de Ulisses Correia e Silva, afirmou que esta remodelação passa por cima dos “grandes problemas” nos sectores da educação e agricultura, respectivamente, em que “a falta de resultados é também notável para todos”.
Para Rui Semedo a redução “ainda que ligeira”, o que demonstra que tinham razão aqueles que achavam que o Governo era “gordo, grande e pesado”.
“A redução do Governo ainda fica muito aquém da proposta inicial do primeiro-ministro de um Governo máximo de 12 membros”, apontou o líder do partido da estrela negra, para quem Ulisses Correia e Silva “enganou os cabo-verdianos”.
Por ser tarde, prosseguiu Rui Semedo, esta remodelação “não poderá, em um ano, recuperar os cerca de nove anos de falta de resultados”.
“Este é um Governo para cumprir o calendário até às próximas eleições”, admitiu Rui Semedo, acrescentando que a remodelação governamental anunciada esta segunda-feira, 03, deu “sinais de que não acredita nas mulheres”, porque, frisou, “saíram cinco e não entrou uma mulher”.
Assim, admitiu Rui Semedo, está se diante de uma remodelação “insensível à questão do género”, além de “não acreditar na juventude”, pois “saíram jovens e entraram menos jovens”.
“É uma remodelação que aposta na velha-guarda dos anos 90 e, em conclusão, passa uma mensagem clara de que os jovens falharam”, lamentou o líder da oposição, acrescentando que a remodelação do Governo “não traz novas esperanças nem aumenta as espectativas em relação à governação”.
O que parece ser novidade desta remodelação, acredita Rui Semedo, é a diminuição dos poderes do vice-primeiro-ministro.
LC/CP
Inforpress/Fim
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