Porto Novo: MpD exorta actual gestão camarária a estabelecer como prioridade a preparação do orçamento para 2025

Porto Novo, 03 Fev (Inforpress) – A Comissão Política do Movimento para a Democracia (MpD) na região do Porto Novo, em Santo Antão, exortou hoje a actual equipa camarária a “estabelecer como prioridade” a preparação do orçamento municipal para o presente ano. 

Em comunicado, a comissão concelhia do MpD (oposição a nível local) entente que a presidente da Câmara Municipal do Porto Novo parece estar, nesta altura, “mais preocupada” com o processo de eleições internas “dentro do seu partido (PAICV)”, ao invés de preparar a proposta do orçamento para ser submetida à Assembleia Municipal.   

“Quanto ao orçamento do município, a Câmara Municipal do Porto Novo ainda não apresentou a proposta e, ao que parece, a senhora presidente da câmara não tem ideia de quando fazer isso”, sublinhou o MpD, acusando a edil, Elisa Pinheiro, de estar mais preocupada com as disputas eleitorais no seio do PAICV.  

O MpD na região do Porto Novo lembra que a autarca porto-novense é também presidente da Comissão Política Regional do PAICV em Santo Antão, tendo já declarado apoio a um dos candidatos à liderança nacional do partido, nas eleições de Março próximo. 

 “Ao que parece, a senhora presidente da câmara está mais preocupada em dar combate partidário dentro do seu partido, ao invés de estabelecer como prioridade trabalhar o orçamento municipal, pois, decidiu relegar para segundo plano os interesses do nosso município”, notou a comissão concelhia do MpD.
 

Uma outra questão que consta do comunicado do MpD prende-se com o que apelidou de “recrutamento ilegal de pessoal” afecto ao PAICV para desempenhar funções na Câmara Municipal do Porto Novo, numa “clara violação da lei do emprego público”. 

Diz que a edil porto-novense está a recrutar, “sem concurso”, o pessoal afecto ao seu partido para desempenhar funções na câmara municipal, sendo “os casos mais flagrantes” o recrutamento do primeiro secretário do PAICV, de uma candidata à vereadora não eleita e de um familiar de uma destacada militante do partido. 

O MpD acusa ainda Elisa Pinheiro de “perseguir colaboradores” da câmara municipal afectos ao MpD, “sendo o caso mais flagrante a suspensão de forma abusiva, arbitrária e ilegal” da colaborada Andrea Delgado das funções de técnica superior da autarquia.   

“O que é preciso sublinhar aqui é que a funcionária em causa, quadro técnico da câmara municipal, aquando da entrada da actual presidente, Elisa Pinheiro, desempenhava as funções de directora de gabinete do anterior presidente da câmara, logo se trata de uma acto de cristalina perseguição”, sublinhou. 

A comissão concelhia do MpD referiu-se ainda à não transmissão radiofónica e “via live” da recente sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto Novo, entendendo que, por se tratar da primeira sessão do órgão autárquico, “seria conveniente que os munícipes tivessem acesso à transmissão” dos trabalhos.

JM/JMV

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