Cidade da Praia, 30 Jan (Inforpress) – O analista Ludgero Correia disse que demissão do ministro do Turismo e Transporte foi um acto de “dignidade”, mas que “não vai mudar grande coisa” já que o governante era apenas o piloto da política do Governo para o sector.
O analista político fez estas considerações ao ser instado a pronunciar-se sobre a decisão do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que anunciou hoje ter aceite o pedido de demissão de Carlos Santos, na sequência de este ter sido constituído arguido num eventual processo de lavagem de capitais.
No entender do analista político, esta demissão vem mesmo a calhar, porque, avançou, o calcanhar de Aquiles desta governação é o sector dos transportes.
“O ministro que vai entrar agora não vai alterar a política do Governo [para o sector dos transportes] e, mesmo que tentasse alterar, não terá impactos para as eleições que aí vêm”, lamentou, acrescentando que o ministro não tem políticas próprias, as quais são do colectivo que compõe o Governo.
Para António Ludgero Correia, a saída de Carlos Santos do executivo é “mais um show off do que outra coisa”.
“Ele [Carlos Santos] falhou na condução da política do Governo ou então se o Governo falhou na definição das políticas, devia ter tomado esta decisão mais atempadamente, pensando nos cabo-verdianos”, indicou Ludgero Correia.
Por sua vez, reagindo também à demissão do governante, o Presidente da República, José Maria Neves, escreveu na sua página oficial da rede social Facebook esperar que “tudo se esclareça a bem da verdade e do bom nome do cidadão Carlos Santos”.
“Aguardemos com serenidade o andamento do processo em instância própria, sem precipitações ou julgamentos antecipados na praça pública”, indicou o Chefe de Estado.
LC/JMV
Inforpress/Fim
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