Surfistas dos mundiais de kitesurf e wing-foil interagem com crianças das escolas de Santa Maria no kite-beach (c/vídeo)

Santa Maria, ilha do Sal, 24 Mar. (Inforpress) – Os surfistas da Etapa I do Campeonato do Mundo de kitesurf’2023, que decorre na ilha, dedicaram esta manhã para contactos com os estudantes da Escola Quim Barbosa, de Santa Maria, no Kite Beach School.

À Inforpress, a responsável deste estabelecimento do ensino, Ana Paula da Luz, enalteceu a importância de sensibilizar as crianças de Santa Maria para o gosto dos desportos aquáticos, numa região onde esta modalidade é muito referenciada.

Acrescentou que os jovens estudantes tiveram a oportunidade de interagir de perto com os melhores praticantes do mundo da actualidade.

Ana Paula explicou à Inforpress que para este evento foram seleccionados estudantes de turmas e classes diferentes, sublinhando ser um momento muito importante e que permitiu às crianças viver belos momentos, assinalados por demonstrações de kitesurfr e wing-foil.

A responsável da Escola Quim Barbosa considerou mesmo espectacular a convivência dos alunos com os mundialistas.

Para Ana Paula da Luz, esta acção de sensibilização servirá para incutir às crianças a responsabilidade de se empenharem nos estudos, alegando que os surfistas internacionais explicaram sobre a responsabilidade de colocarem os estudos no primeiro plano, para posteriormente se dedicarem ao kite.

Já o kitesurfista internacional cabo-verdiano Mitú Monteiro, gerente do “Kite Beach School”, referiu à Inforpress que foi “super-nice o envolvimento de todos os atletas deste mundial com as crianças que se entusiasmaram com a prática de kitesurf e wing-foli.

Mitú Monteiro sustentou que os visitantes serão o futuro da modalidade em Cabo Verde.

Nome consagrado de kitesurf a nível mundial, a tal ponto de ser referenciado como um lendário, Mitú Monteiro disse que fez questão de alertar as criancinhas em como a escola é muito importante para qualquer profissão, ressalvando que para ser campeão do mundo é imprescindível estudar para ter uma boa comunicação.

“Nestas modalidades temos de nos falar línguas estrangeiras como inglês, francês, italianos, já que os “briefings” são realizados em língua inglesa e obriga os concorrentes a compreenderem para melhor responder às exigências da organização. A escola é sempre o companheiro de um profissional e surf”, elucidou.

Considerou sempre importante praticar o desporto em paralelo com o ensino, sublinhando que a escola que dirige tem por hábito receber visitas de crianças desde que autorizadas pelos pais e encarregados de educação, e que uns dois têm-se revelado “um potencial incrível” e com uma rápida aprendizagem.

Experientes nestas andanças, alertou para a necessidade de Cabo Verde organizar melhor na prática dos desportos náuticos, de forma continuada, para que o país venha a ter vários campeões do mundo, não só na ilha do Sal, mas também em todas as ilhas.

Para isto, disse ser primordial que Cabo Verde se organize, primeiramente, lamentando que o arquipélago recebe grandes competições mundiais, quando peca pela falta de competição interna/nacional.

Realçou ser uma oportunidade para motivar os jovens praticantes e desviá-los dos males sociais, permitindo que todos sonhem com um futuro risonho.

SR/JMV

Inforpress/Fim

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