São Vicente: Novo sindicato apela à união para evitar a descredibilização da classe

Mindelo, 12 Set (Inforpress) – A presidente do recém-criado Sindicato dos Trabalhadores de São Vicente (STSV) apelou hoje, no Mindelo, aos outros dirigentes para unirem forças em defesa dos trabalhadores ao invés de se atacarem uns aos outros.

Eurídice Silva Lopes, em conferência de imprensa, no Mindelo, reagia às contradições apontadas pelo representante da União dos Sindicatos de São Vicente, Tomás Aquino, na sexta-feira, também em conferência de imprensa, no Mindelo.

Tomás Aquino assegurou ser “ilegal” a presidente do STSV exercer a função quando foi eleita em Novembro de 2020 como membro da direcção e vice-presidente do Sindicato de Indústria, Comércio e Serviços (SICS) e também o facto de o sindicato estar a utilizar a ex-sede da união quando “ainda nem sequer foi admitido como filiado da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS)”.

Daí, o apelo de Eurídice Silva Lopes para que o sindicalista e os outros dirigentes sindicais se unirem a bem da defesa dos interesses dos trabalhadores, ao invés de se “atacarem” uns aos outros, porque “isso fragiliza e descredibiliza os sindicatos”.

Segundo a mesma fonte, Tomás Aquino fez “acusações gratuitas e gravosas” contra o STSV e a sua pessoa, sabendo que “está desprovido de quaisquer informações sobre o mesmo”.

“Aproveito para informá-lo que não pertenço mais ao sindicato SICS conforme consta do pedido de desvinculação entregue”, sublinhou a sindicalista, que apresentou o documento de desvinculação aos jornalistas datado de 01 de Agosto e que disse ter “efeito imediato”.

Quanto à personalidade jurídica do STSV, assegurou ser “inquestionável”, na medida em que amparam na Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e no Código Laboral.

Adiantou ainda que o seu sindicato já está com o estatuto feito e teve origem através de uma assembleia geral “com votação e tudo” realizada no último mês de Agosto e agora já está com os documentos depositados na Direcção-Geral do Trabalho.

“O senhor Tomás Aquino deve sim, preocupar-se com os problemas dos trabalhadores do seu sindicato Simetec, em vez de atacar o STSV e a sua presidente”, considerou Eurídice Lopes, para quem este tipo de comportamento “não devia fazer escola entre sindicatos e sindicalistas”.

A responsável vai mais além e asseverou que a sede da UNTC-CS em São Vicente tem espaço para albergar todos os sindicatos existentes na ilha, “desde que respeitem e cumprem os ditames da organização”.

“Nós estamos sediados na sede porque respeitamos a UNTC-CS”, lançou.

Questionada, Eurídice Lopes disse ainda não ter conhecimento se há equipamentos dos outros sindicatos retidos nas instalações, que agora ocupa.

A presidente da STSV esteve durante a conferência de imprensa ocupada pela Maria Auxiliadora pertencente ao Conselho de Disciplina do sindicato.

LN/CP

Inforpress/Fim

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