Mindelo, 06 Fev (Inforpress) – O chefe do Estado Maior das Forças Armadas anunciou hoje, em São Vicente, ainda para este ano a construção de uma enfermaria de raiz no Centro de Instrução Militar Zeca Santos, no Morro Branco.
António Monteiro fez o anúncio durante a cerimónia de comemoração do Dia do Centro, assinalado hoje com discursos, cerimónias militares e colocação de uma coroa no memorial do patrono.
“Apraz-me informar que será ainda no decurso deste ano construída uma enfermaria de raiz, o que constituirá um ganho enorme, permitindo debelar um problema que há muito se arrasta”, assegurou a mesma fonte.
Ademais, asseverou a mesma fonte, vão ser “envidados todos os esforços” para colocar em São Vicente uma ambulância para servir as estruturas e serviços militares sediados na ilha, com vista a resolver problemas relacionados com transferências médicas e suporte às actividades operacionais.
Consciente de que às Forças Armadas cabem “missões duras, e onde se enfrenta uma realidade diferente de qualquer profissão”, António Monteiro disse ser necessário que o Centro do Morro Branco seja, cada dia, “o local onde se moldam homens, se solidifica o carácter, se forma patriotas e se erige o perfil do soldado cabo-verdiano”.
Daí, que, ciente deste “aspecto basilar e do desempenho da instituição”, pretende-se, conforme a mesma fonte, incrementar a formação continua a nível de formadores, os capacitando, de modo a “elevar o nível da formação militar para os patamares desejados e necessários num mundo em constante transformação”.
O chefe do Estado Maior das Forças Armadas considerou, por outro lado, estar-se a viver num mundo de “rápida transformação geopolítica”, que requer que se repense a instituição castrense cabo-verdiana para a transformar em “credível, cooperativa, funcional, versátil e tecnologicamente ambiciosa”.
“Com essa consciência em mente, é necessário fazer renovações no processo formativo dos nossos militares”, sublinhou, enumerando renovação no método de instrução, incluindo documentos base, treinamento, doutrina, que esperam concluir nos próximos tempos por forma a ministrar uma “formação de elevado nível”.
Entretanto, admitiu António Monteiro, a reforma das Forças Armadas “não se faz num dia e nem passa por um homem apenas” e, sim, por um “processo moroso e complexo” e durante o qual deve o centro de instrução continuar a ser uma “escola de valores, de cultura, de princípios e de formação de cidadãos conscientes e competentes”.
O director do centro, José Paris, pediu por seu lado o contributo de todos para que as missões atribuídas à instituição sejam realizadas de forma mais profissional possível.
Os discursos foram seguidos da colocação de uma coroa de flores no memorial do patrono do centro, José Henrique dos Santos, conhecido na lides militares como Zeca Santos, que nasceu a 01 de Fevereiro de 1946, na Cidade da Praia, e faleceu a 04 de Fevereiro de 1971, em Madina Boé, na Guiné Bissau, onde integrou o grupo de combatentes da liberdade da pátria no início de 1970.
O nome do centro foi-lhe atribuído a 01 de Dezembro de 1984 em honra aos seus feitos em prol da libertação nacional do colonialismo português.
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