Mindelo, 15 Set (Inforpress) – O ministro do Mar avançou hoje, no Mindelo, que as habitações do programa Casa Para Todos poderão ser uma das alternativas para a criação de uma residência estudantil da Universidade Técnica do Atlântico (UTA).
Abraão Vicente aventou essa possibilidade no Mindelo após uma visita, na manhã de hoje, a estruturas que compõem o Campus do Mar como a Escola do Mar (EMar) e o Isecmar, instituto pertencente à UTA, todos com sede em São Vicente.
Segundo a mesma fonte, o executivo deve aproveitar a oportunidade do novo Campus do Mar e transformar Mindelo num polo universitário das engenharias e “credibilizar essa opção como válida para as famílias cabo-verdianas”.
“Não digo que não é necessário formar em outros países, mas, para muitas famílias cabo-verdianas a UTA, o Isecmar e o Campus do Mar são uma opção válida de formação com grande oferta de trabalho”, considerou o ministro, adiantando que “90% dos alunos saem com ofertas de emprego ainda antes de terminar a formação”.
Para Abraão Vicente, um dos estímulos para que venham mais estudantes para São Vicente é construir uma residência estudantil da UTA, algo que, asseverou, já foi discutido com a reitoria da universidade, uma vez que onde está a ser construído o parque tecnológico é terreno da UTA, onde deveria ser erguido a residência.
“Muito frontalmente já pusemos essa questão ao Ministério de Educação e ao Ministério do Fomento Empresarial que é responsável pelo parque tecnológico, vamos encontrar uma solução ou disponibilização de parte de aquilo que são os apartamentos do programa Casa para Todos”, afiançou, admitindo que a construção está na “linha primeira das prioridades” do Ministério do Mar, como tutela do campus.
Essa construção, conforme a mesma fonte, seria uma forma de fazer circular as pessoas entre Mindelo e as outras localidades do País.
“A criação de uma nova centralidade do Mindelo passa, não só por alimentar o tecido empresarial, mas, também por consolidar o estudo universitário nas universidades, no Mindelo.
Neste sentido, Abraão Vicente disse ser preciso que tanto a UTA como a EMar funcionem como instituições nacionais.
“A total implementação da UTA e da EMar passa por perceber as diferentes necessidades de cada uma das ilhas e projectar a partir da sua centralidade as diversas ofertas formativas, como criar residências, bibliotecas”, defendeu, com a ideia de que o “desencravamento” do Mindelo “passa pela circulação de pessoas, profissões e empresas”.
Na deslocação, Abraão Vicente visitou ainda o simulador marítimo instalado no Isecmar para constatar o impacto do investimento, cuja actualização “deverá custar ao Estado cerca de 44 mil contos, só em softwares, e ainda 12/14 mil contos em instrumentos de manuseamento”.
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