Ribeira Brava, 16 (Inforpress) – Os biólogos da expedição científica, Marcet II, que envolve biólogos de cinco países europeus, concluíram esta quinta-feira, a sua expedição de quinze dias nas águas da ilha de São Nicolau.
O responsável da equipa, o biólogo e ex-director do Museu da Baleia da Madeira, Portugal, Luís Freitas, garantiu à Inforpress, que o balanço desta expedição é “muito positivo”.
Segundo o mesmo, o objetivo foi conhecer melhor a diversidade de cetáceos, que utilizam as águas ao redor da ilha de São Nicolau e obter amostras biológicas para estudar mais sobre a ecologia e estado de saúde das populações em Cabo Verde, que depois serão comparados com os dos Açores, da Madeira e das Canárias.
“Tivemos pelo menos 10 espécies de cetáceos identificadas ao redor da ilha de São Nicolau, especialmente de baleias-piloto que, juntamente com os golfinhos pantropical, são das espécies com maior presença nestas águas”, afirmou.
A mesma fonte, sublinhou ainda que foi instalado um transmissor de satélite numa baleia-piloto e neste momento estão a “monitorar” o animal nos arredores das aguas da ilha, para ver se são residentes ou se vão fazer algum movimento para as outras ilhas ou aguas mais oceânicas.
Luís Freitas garantiu que o trabalho vai agora continuar com a análise das amostras recolhidas e será posteriormente preparado um relatório que será “enviado às autoridades cabo-verdianas”.
A equipa, conforme avançou, acredita que leva dados novos que vão ajudar a compreender melhor o papel de Cabo Verde no panorama das ilhas oceânicas do Atlântico Norte.
O Projeto Marcet II é composto por biólogos de países europeus, entre os quais Portugal, Bélgica e Holanda e das Canárias além de voluntários da Biosfera e da Bios-CV, que também foram contemplados com formações.
WM/HF
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