Porto Novo, 20 Jan (Inforpress) – O projecto sobre a preservação da flora endémica no Planalto Leste, em Santo Antão, já chegou à escola básica de Lombo Figueira, com a construção de um horto escolar onde os alunos passam a plantar espécies endémicas.
Conforme a Associação das Mulheres do Planalto Leste (Amupal), promotora deste projecto, neste mesmo horto já se procedeu ainda à plantação de plantas aromáticas e hortícolas, aplicando algumas técnicas agro-ecológicas, como, por exemplo, a cobertura de solo.
Planalto Leste está a ser alvo do projecto sobre a preservação da flora endémica que, além de plantação de novas espécies, consistem ainda na sensibilização nas escolas deste planalto visando a preservação da flora endémica neste perímetro florestal.
O projecto é financiado pelo programa das pequenas subvenções da Nações Unidas (GEF-SGP) e consiste na catalogação, preservação e aumento da população das espécies endémicas.
Este projecto, segundo a Amupal, é “um complemento” do projecto sobre sistemas agroflorestais, implementado pela Associação para a Defesa do Património de Mértola (Portugal) e do projecto sobre a criação de um banco de sementes, que está a cargo também da Amupal.
O Planalto Leste, reserva florestal desde 2009, abarca dois dos cinco parques naturais existentes em Santo Antão, ou seja, os parques dos Moroços e da Cova/Ribeira da Torre/Paul, este considerado o maior centro de biodiversidade de plantas endémicas de Cabo Verde, com 36 espécies, dos quais 16 estão em risco.
Com o projecto sobre a preservação da flora endémica, a Amupal pretende identificar as espécies existentes em todo o perímetro do Planalto Leste, investir na sua preservação e, através de acções de plantação, aumentar a sua população.
JM/JMV
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