Cidade da Praia, 13 Mar (Inforpress) – As primeiras-damas de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe afirmaram hoje que querem contribuir na criação de uma rede de proximidade entre as instituições que lidam com a temática de género e a luta contra o VBG.
O posicionamento das primeiras-damas Débora Carvalho e Fátima Vila Nova foi manifestado à imprensa, no final de uma vista que a primeira-dama de São Tomé e Príncipe efectuou ao Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género para se inteirar do funcionamento da referida instituição.
Conforme explicou Débora Carvalho esta visita tem o intuito de promover a partilha de experiências e dar a conhecer o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo ICIEG na luta contra a Violência Baseada no Género (VBG).
“Queremos sempre partilhar as nossas experiências, que nós temos através do ICIEG, todo o trabalho que tem sido desenvolvido na luta contra a Violência Baseada no Género, mas também temas actuais, nomeadamente a VBG, a integração dos homens nesta luta, não queremos que os nossos homens e rapazes fiquem para trás”, afirmou.
Tendo em conta que na temática da igualdade e equidade de género e VBG, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe têm as suas similitudes e querem trocar as experiências que os dois países lusófonos tem feito.
“A primeira-dama de São Tomé e Príncipe já recolheu os contactos e vários elementos para levar para o seu país. O que queremos entre as duas primeiras-damas é fazer as pontes entre as instituições nos dois países que lidam com toda a questão associada à luta contra a VBG, equidade, promoção e inclusão da mulher em várias esferas na sociedade, nomeadamente, a participação da mulher na política”, indicou.
Débora Carvalho informou ainda que no período da tarde, irão visitar o Centro Cultural de Cidade Velha para dar a conhecer à primeira-dama de São Tomé e Príncipe o trabalho de empoderamento das mulheres na área do artesanato no referido concelho.
Por seu turno, a primeira-dama de São Tomé e Príncipe, Fátima Vila Nova, mostrou-se hoje satisfeita com o trabalho desenvolvido pelo ICIEG, perspectivando que a criação de uma rede entre as instituições dos dois países para partilha de experiências será uma grande mais-valia.
“Eu vim e gostei de ver porque é um tema que está a afligir o mundo inteiro, o abuso sexual de mulheres. Eu vejo que Cabo Verde já está bem avançado neste aspecto de leis e tratamento que dão sobre este papel do abuso sexual sobre as mulheres, e não só, e das crianças também. A realidade em São Tomé e Príncipe não é muito diferente, no mundo as mulheres são sempre as vítimas, os homens acham que são donos das mulheres e este papel, numa sociedade, tem de ser feita dos dois lados”, defendeu.
CM/HF
Inforpress/Fim