Lisboa, 03 Mar (Inforpress) – A Embaixada de Cabo Verde em Portugal e o Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV), em Lisboa, promovem este sábado, 04, a sessão cultural e musical “Evocação ao Bana”, com participação de Humberto Ramos e outros convidados.
Denominado “Evocação ao Bana – por ocasião dos 91 anos do seu nascimento, no ano em que se assinala o 10º aniversário do seu falecimento”, a sessão cultural e musical está marcada para as 17:30 (16:30 em Cabo Verde), acontece na véspera de 05 de Março, dia que o Bana nasceu, em 1932, em Mindelo, ilha de São Vicente.
“O CCCV será o local onde um grupo de pessoas que amavam o grande Rei da Morna, músicos, cantores e cantoras, admiradores e admiradoras, se juntará para evocar a sua vida e as suas músicas”, explica a organização.
Conforme a mesma fonte, “será um momento de partilha de testemunhos e canções do Bana (Adriano Gonçalves), numa iniciativa realizada em parceria com Humberto Ramos, músico sobejamente conhecido do público cabo-verdiano por toda a diáspora”.
“A sessão finaliza com uma actuação do Dj JZouk que promete nos transportar ao ambiente dos míticos anos do afamado Clube Monte Cara do saudoso Bana”, conclui a organização.
Falecido a 13 de Julho de 2013, em Portugal, o cantor e intérprete cabo-verdiano começou a sua carreira antes da independência nacional, enquanto trabalhava como guarda-costas e “moço de recados” do compositor e intérprete B. Leza, que o apresentou, em 1959, numa digressão que a Tuna Académica de Coimbra efectuou por São Vicente.
Bana gravou o seu primeiro EP em Dakar, Senegal, “Nha Terra” (1961), tendo passado por Paris, Holanda e Estados Unidos da América (EUA), e o longo de uma carreira de mais de 60 anos publicou mais de meia centena de LP e EP, em grupo ou a solo, e participou em quatro filmes (dois franceses, um alemão e um luso/cabo-verdiano).
Em 1969, na inauguração do restaurante “Monte Cara”, em Lisboa, chega a Portugal na companhia dos seus amigos, Luís Morais e Morgadinho, com quem formara, em 1966, o conjunto “Voz de Cabo Verde”, sendo que ao longo da sua carreira foi reconhecido com várias condecorações e homenagens, quer em Cabo Verde quer no estrangeiro, como por exemplo, o grau de Oficial da Ordem do Mérito, de Portugal, em 1992.
Para além de Nha Terra, Bana gravou, de entre outros trabalhos, “Nha terra Cabo Verde2 (1966), “Pensamento e Segredo” (1966), “Problema (1967), “Bana á Paris” (1967), “Perseguida” (1968), “Recordano (Recording)” (1969), “So Coladeras!” (1971), “Miss Unidos” (1973), “Contratempo” (1979), “Rotcha-Nu” (1981) e “Dor di nha dor” (1982), “Gira sol” (1997), assim como participou em várias outras gravações conjuntas e ao vivo.
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