Portugal: Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril leva exposição sobre Amílcar Cabral a Cabo Verde em 2024

Lisboa, 16 Mar (Inforpress) – A Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril vai levar a Cabo Verde, em 2024, “Amílcar Cabral, uma exposição”, que foi hoje inaugurada em Lisboa, ficando patente ao público até 25 de Junho.

A informação foi avançada à Inforpress pela organização da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, que disse que para além da Cidade da Praia, prevê-se também levar a exposição à cidade de Coimbra (Portugal) e Nova Iorque (Estados Unidos da América.

A exposição deve chegar a Cidade da Praia em Janeiro de 2014, e ficará patente até Abril do mesmo ano.
Na sessão inaugural de hoje, teve lugar no Palácio Baldaya uma mesa-redonda “Cabral ka mori” (Cabral não morreu, em português), com o músico e activista Dino D’Santiago, a historiadora Ângela Coutinho, o autor da biografia “Amílcar Cabral (1924-1973)”, Julião Soares de Sousa, e o investigador Alfredo Caldeira.

Na sua intervenção, a historiadora Ângela Coutinho manifestou que o seu desejo é que todos os jovens descubram Amílcar Cabral, seja português, cabo-verdiano, guineense ou outros.

Por sua vez, o artista Dino D’Santiago afirmou que Amílcar Cabral, mesmo depois da sua partida “continuou a permitir a não deixar o vazio”, sublinhando que Amílcar Cabral não lutou contra os portugueses, mas sim a favor de Cabo Verde e Guiné-Bissau.

“O facto de ter nascido em Portugal, mas sentir excluído quando dou a minha opinião contrária, Cabral podia nascer e morrer de novo para conseguirmos essa liberdade”, considerou, indicando que só há liberdade quando se tem o direito de olhar e dizer o que se sente.

Já o investigador Julião Soares de Sousa disse entender que o 25 de Abril foi uma revolução em Portugal que acelerou a independência das colónias, lembrando que a revolução política “gerou muitas expectativas”.

A mesa redonda “Cabral ka mori” contou com a presença do Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro da Cultura portuguesa, Pedro Adão e Silva.

A exposição conta a história do fundador do Partido Africano da Independência para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que ao lado dos seus companheiros, “contribuiu decisivamente para o fim do último império colonial europeu”.

A exposição vai mostrar objectos e correspondência de Amílcar Cabral, mas também imagens, sons e textos que outras pessoas lhe têm dedicado, através de 50 peças que permitem uma “viagem pela vida do agrónomo e líder nacionalista”.

“Amílcar Cabral, uma exposição” é uma iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril que tem curadoria científica de José Neves e Leonor Pires Martins, consultoria de Alfredo Caldeira, arquitectura de Ricardo Santos e Miguel Fevereiro, e grafismo de Vera Tavares.

Conta, enquanto parceiros, com a Junta de Freguesia de Benfica, a Fundação Amílcar Cabral, o Laboratório Associado IN2PAST, a Associação TCHIWEKA de Documentação, e a Fundação Mário Soares e Maria Barroso.

DR/JMV
Inforpress/Fim

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