Olavo Correia admite que é necessário criar oportunidades para manter os jovens em África

Cidade da Praia, 22 Mar (Inforpress) –O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, defendeu hoje que os líderes africanos devem criar condições de oportunidades de empregos qualificados para os jovens africanos de modo a criar valor e mantê-los no continente africano.

O governante falava aos jornalistas, depois de presidir à reunião em formato híbrido dos ministros das Finanças de África com o Grupo do Banco Mundial, para avaliar a situação do Roadmap com a instituição financeira para apoiar os países africanos no enfrentamento dos desafios de desenvolvimento com os quais estão hoje confrontados.

Sublinhou que o encontro serviu para discutir e analisar a “mudança do ponteiro” em relação à missão e visão do Banco Mundial, mas também sobre o modelo operacional, tendo como foco três pilares fundamentais, nomeadamente o combate à pobreza e a pobreza extrema, combate a desigualdades sociais, de género e regionais e criação de empregos qualificados e bem remunerados para os jovens

Para Olavo Correia, o grande desafio do continente africano neste momento passa pela criação de oportunidades de empregos qualificados bem remunerados para os jovens e mulheres africanos para manter essas competências e criar valor em África.

“Quando os africanos saem de África colocando muitas vezes a sua própria vida em causa porque não têm oportunidade, é algo que interpela a todos os africanos e todos aqueles que têm a responsabilidade de mudar a vida em África e as condições de vida para que os jovens tenham oportunidades”, sustentou.

Neste sentido, considerou que a aposta do futuro passa pela transição energética, edificação de uma economia de baixo carbono, transição digital e pela diversificação da economia africana como maior e mais integração regional para que seja mais resiliente, capaz de produzir para o consumo interno do continente africano e deixar de ser um país e continente cada vez mais importador.

Olavo Correia adiantou que durante o encontro teve a oportunidade de deixar um apelo no sentido de haver uma posição comum, consistente e forte para que o continente possa ser ouvido e reconhecido.

Na ocasião, disse ainda que já iniciaram o processo de debate com a equipa do Banco Mundial, nomeadamente o vice-presidente para África e mais três vice-presidentes e que o próximo encontro está previsto para o próximo mês de Abril durante a assembleia da Primavera.

Segundo o governante, África só terá força se houver uma posição comum.

Entretanto, considerou que a transição energética, transição digital, conectividades e mobilidade com transportes aéreos, marítimos e terrestres e capital humano são áreas críticas para o futuro de Cabo Verde.

“Se nós conseguimos focar nessas três áreas, mais um de forte impacto, com investimentos, mas também com persistência e durabilidade, teremos as condições de eliminar a pobreza extrema em 2026, reduzir a pobreza no seu todo, fazer de Cabo Verde um país desenvolvido e de oportunidades para todos e, particularmente, para jovens mulheres e meninas em todas ilhas de Cabo Verde com um forte suporte da nossa diáspora”, apontou.

AV/JMV
Inforpress/Fim

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