Observatório do Mercado de Trabalho reúne parceiros para antecipação das necessidades de competências

Cidade da Praia, 03 Fev (Inforpress) – O Observatório do Mercado de Trabalho (OMT) encontra-se reunido hoje, na Cidade da Praia, com os diversos parceiros para a antecipação de necessidades de competências e a identificação do sector para a implementação do processo piloto.

Segundo a coordenadora do observatório, Alice Varela, ao longo do dia vai-se, sobretudo, sensibilizar os parceiros, através da partilha de um conjunto de informações e conceitos à volta da antecipação necessidade de competências, e ouvir as suas opiniões também com base no conhecimento que já dispõem.

Segundo o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças e do Fomento Empresarial, Olavo Correia, que presidiu à abertura do encontro, o objectivo é trabalhar para formar para o mercado de trabalho e oferecer as competências que de facto o mercado precisa, garantir a empregabilidade dos jovens e a dinâmica económica.

“A juventude cabo-verdiana é o maior activo que nós temos. Capital humano é um activo importante para construirmos um futuro melhor para esta nação e nós temos a obrigação de investir no capital humano, investir na formação profissional e investir num futuro melhor para o nosso país, mas tendo em contas dinâmica do mercado e as mutações que se vão ocorrendo no mercado”, declarou Olavo Correia.

“Nós temos a obrigação de antecipar as tendências para que possamos formar para o mercado de trabalho, para que possamos formar promovendo a empregabilidade porque os jovens cabo-verdianos não precisam de esmolas, não precisam de caridade. Precisam sim de uma oportunidade e de um emprego digno e qualificado e bem remunerado”, acrescentou o vice-primeiro-ministro, lembrando que a nível da formação profissional a taxa de empregabilidade é de acima de 70%.

Apesar de estar à espera que as equipes técnicas façam as suas análises e com base nelas façam propostas ao Governo em relação aos sectores que podem ser considerados como sendo sectores pilotos, Olavo Correia chamou atenção para as   tendências do futuro e a necessidade de preparar o sistema de formação tendo em contas o mercado hoje.

A economia digital, a economia azul, a economia verde, os serviços internacionais na área financeira, na área da saúde, o turismo resiliente e sustentável, são, segundo Olavo Correia, as novas competências que devem fazer parte do portfólio cabo-verdiano a nível a nível da formação.

“Nós temos vários temas que são sectores motores da economia cabo-verdiana como o turismo enquanto sector de destaque, sobretudo nesta fase de agora de retoma da actividade económica em Cabo Verde, mas também podemos ter experiência piloto por ilha. Mas queremos deixar que as equipes técnicas façam as suas análises e com base nessas análises façam propostas ao Governo”, disse.

O Governo, conforme indicou, está aberto para avançar com para uma abordagem ao nível de todo Cabo Verde ou experiência pilotos apenas numa ilha.

“No fundo é garantir que a avaliação possa ser feita num prazo mais curto de tempo e depois havendo sucesso podemos expandir a experiência para todas as ilhas e havendo insucesso ele será muito contido, diminuto com vantagens também para as famílias, para o Governo e para as empresas”, explicou.

Neste processo Cabo Verde está a contar com o apoio da Organização Internacional de Trabalho (OIT).

A representante do escritório de Cabo Verde, Dinastela Curado, sublinhou, por seu lado, que a antecipação de competência é um passo crucial para garantir uma carreira bem-sucedida e gratificante no futuro, a competência crítica do desenvolvimento da força de trabalho e uma ferramenta fundamental para promover o crescimento económico, a satisfação no trabalho e a igualdade de género.

MJB/AA

Inforpress/Fim

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