Espargos, 07 Jun (Inforpress) – O Presidente da República, José Maria Neves, encontra-se na ilha do Sal onde fez hoje a apresentação da colectânea de discursos realizados durante o seu primeiro ano do mandato, intitulada “No ofício do Bem Comum”.
A apresentação do livro de 287 páginas, 42 discursos, proferidos no País e em diferentes latitudes e ocasiões, nomeadamente, na Europa, América e África, esteve a cargo do advogado Dias Pereira, em acto que teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Dos discursos compilados “No ofício do Bem Comum”, o mais curto é de uma página, e o mais longo tem doze, organizados de forma cronológica, com início a 09 de Novembro de 2021 até 08 de Novembro, este último proferido no Egipto.
Segundo o apresentador da obra, essa recolha das principais intervenções públicas, no exercício da sua magistratura enquanto Presidente da República, ficará na história, uma vez que tem como objectivo colocar em debate questões essenciais da vida da República e contribuir para a realização do bem comum.
Dos vários temas que levam a uma reflexão, Dias Pereira destacou a situação económica do País, o desenvolvimento do poder local, as liberdades fundamentais, a pobreza, as assimetrias, a violação sexual das crianças, a violência baseada no género (…), na política externa, o reforço das relações diplomáticas e cooperação internacional, entre outros.
Ao falar um pouco da sua obra, José Maria Neves explicou que foi concebida numa perspectiva pedagógica, discutir as diferentes questões que têm a ver com a nossa Constituição.
“É fundamental continuarmos a trabalhar para criarmos e reforçarmos a cultura da Constituição, instituições, e, sobretudo, para defendermos as liberdades fundamentais”, referiu, considerando que se trata de um livro acessível e “interessante” do ponto de vista da pedagogia política e da educação para a cidadania.
“Interessante, que vale a pena poder provocar algum debate político no País”, comentou.
O mais alto magistrado da Nação cabo-verdiana concluiu, sublinhando, que a mensagem desta colectânea poderá influenciar muita coisa, levar à formalização de políticas públicas e contribuir para que determinadas questões entrem na agenda política.
“E pode, sobretudo, com os seus conselhos, advertências levar a que determinadas questões, que são propósitos nacionais, sejam debatidas na esfera pública. Portanto, o poder da palavra do presidente é extremamente importante, e devem ser devidamente consideradas”, enfatizou.
José Maria Neves veio ao Sal presidir o Festival Literatura-Mundo do Sal, promovido pela autarquia local, sob a Curadoria Científica da professora Inocência Mata e a organização Rosa de Porcelana.
O evento literário arranca esta quinta-feira, devendo reunir dezenas de escritores, tradutores, professores, investigadores, jornalistas e leitores interessados, de várias paragens do mundo, para reflectir e debater o alargamento dos cânones literários ao longo dos diferentes painéis, mesas de trabalho e espaços de diálogo e leituras de livros.
SC/HF
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