Espargos, 31 Mar (Inforpress) – Hélder Évora, bombeiro aeronáutico, no Aeroporto do Sal, disse hoje orgulhar-se da carreira que escolheu, uma profissão “nobre e interessante”, de socorro e salvamento, lidando, diariamente, com vidas humanas.
Actualmente a desempenhar as funções de responsável dos serviços de Operações, Socorro e Salvamento, do corpo de Bombeiros no Aeroporto do Sal, com 30 anos de carreira, Hélder Évora, ou Bacana como é conhecido no meio salense, entrou para a corporação em 1993.
Conta que se o tempo voltasse para trás, escolheria a mesma profissão de que hoje se orgulha.
“Sinto-me orgulhoso da profissão que escolhi, fazer parte da incorporação dos serviços de operação de socorro e salvamento. Uma profissão nobre e interessante. Lidamos com vidas humanas. Se o tempo voltasse para trás, seria de novo bombeiro, porque desde pequeno a minha ambição era ser polícia ou bombeiro”, conta, exibindo um largo sorriso.
Hélder Évora fez essas declarações numa entrevista à Inforpress a propósito das celebrações do Dia do Bombeiro do Aeroporto do Sal, criada a 01 de Abril de 1959.
Salense de gema, Bacana que está nessas andanças há três décadas disse que somos “felizardos” porque graças a Deus, ao longo dos tempos, Cabo Verde não tem registado grandes ocorrências ou sinistralidades a nível da aeronáutica.
Entretanto, lembra que em tempos idos, corria o ano de 2004, no dia 04 de Julho, um avião da TAP fez uma aterragem de emergência, situação que o deixou atónito.
“Por acaso estava no terreno a fazer o acompanhamento da aterragem da aeronave, um A-320, e era a primeira vez que estava a responder uma emergência, num avião do tipo, com cerca de 180 passageiros a bordo. Ainda hoje lembro-me da situação e fico todo arrepiado”, conta.
Por isso, sublinhou, que vale a pena todos os exercícios, a rotina de prática e acção que os bombeiros são submetidos durante a semana.
“Precisamente, para nos preparar em momentos ou situações de emergência, processar o acontecimento e agir tranquilamente, nas diferentes fases… porque uma situação de emergência tem várias fases”, explicou, apontando que, contrariamente ao que muita gente pensa, que os bombeiros não fazem nada, que estão sentados a jogar cartas… “mas não!”.
“Os bombeiros têm uma missão muito delicada, nobre e importante na sociedade, de uma forma geral”, frisou, concluindo que a profissão exige compromisso e dedicação.
“O bombeiro é bombeiro mesmo estando de férias. Um homem ou mulher de compromisso e dedicação à causa, para responder a todas e quaisquer emergências. A nossa responsabilidade não é só com aviões”, enfatizou, defendendo intercâmbios com outros aeroportos internacionais, visando troca de experiências.
No Sal são 37 bombeiros, e segundo Bacana, todos unidos, defendendo sempre a união de classe porque, conforme sublinhou, a união faz a força.
“O nosso espaço de trabalho é a nossa segunda casa. Lá passamos muito tempo, somos uma família, reunimos por tudo e por nada, em todos os momentos e situações da vida”, finalizou.
SC/JMV
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