Espargos, 01 Mar (Inforpress) – O Centro Comunitário de África 70, no Sal, ganhou uma cantina para garantir refeição quente, diariamente, a 50 crianças daquele projecto sócio-educativo, cuja inauguração foi hoje testemunhada pelo ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire.
Segundo Fernando Elísio Freire, também ministro de Estado, o espaço concebido para o efeito, apetrechado com fogão, panelas e outros utensílios, para assegurar uma refeição quente às crianças, é um investimento “extremamente importante” na promoção da dignidade da pessoa humana.
“Todos têm direito à alimentação, à educação, à saúde, electricidade, água, saneamento, habitação… O crescimento económico por mais que seja forte, robusto, por vezes deixa para trás alguns, e temos que ter capacidade de intervir lá onde for necessário”, referiu.
E aqui, ajuntou, que a Câmara Municipal do Sal está a “andar muito bem”, em criar essa rede de apoio às famílias com mais vulnerabilidade, promovendo acções que permitam com que todos possam viver com o mínimo de dignidade.
“Temos que continuar com essas acções, de tudo fazer para que não haja nenhum cabo-verdiano com carência alimentar. Caso não tenha rendimento por dificuldades várias, então temos que ter a capacidade de intervenção. E a câmara e o Governo têm a obrigação moral de intervir e não deixar ninguém passar dificuldades, principalmente alimentares”, enfatizou o governante.
Ciente que não vale apenas ter estruturas físicas, Fernando Elísio Freire aponta que essa intervenção, passa essencialmente pela manutenção desta cantina, assegurando que o Governo está na disposição de, juntamente com a autarquia local, criar “todas as condições” para que funcione com regularidade.
“E que funcione bem, ou seja, que as crianças tenham acesso a uma alimentação digna, e possam usufruir do espaço sócio-educativo que frequentam”, salientou, defendendo a necessidade de criação de mais espaços do tipo, um pouco por todo o País, mas essencialmente nas ilhas do Sal, Boavista, São Vicente e Praia, zonas urbanas que, conforme disse, as crianças estão mais expostas.
“E que é preciso estarmos muito atentos para evitar qualquer tipo de desvio. Creio que estamos a fazer um investimento muito forte, as famílias têm muita responsabilidade, mas quando não há rendimento, é obrigação do Estado intervir, e estamos a intervir com a alimentação, e alimentação de qualidade”, sublinhou o governante.
SC/JMV
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