Governo acolheu com “grande alegria” escolha do PR para liderar o Património Natural e Cultural em África

Cidade da Praia, 01 Mar (Inforpress) – O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, disse hoje que o Governo acolheu com “grande alegria” a escolha do Presidente da República, José Maria Neves, para liderar o património natural e cultural em África.

Abraão Vicente indicou que o Presidente fez o trabalho preliminar de contactar o ministério da Cultura e engajar o Estado e o governo para essa missão, sublinhando que não haverá qualquer luta de protagonismo, mas sim o engajamento para um trabalho concertado a bem do país.

“O senhor Presidente esteve em concertação tanto como primeiro-ministro como comigo numa audiência em Mindelo onde comunicou-se essa possibilidade vir a ser escolhida. Nós temos que fazer essa nuance como pedagogia pública. A União Africana e os presidentes da África têm regime que são presidências onde o presidente tem poder executivo e não acontece em Cabo Verde “, frisou.

Neste sentido, salientou que é obrigatório que as acções de facto acontecerem em Cabo Verde terão de ser devidamente articuladas com o ministério da Cultura, já que as serão desenhadas por este departamento governamental.

Simbolicamente, o Presidente da República é o campeão, mas as obras de exemplo, as obras pragmáticas terão de ser desenhadas, obviamente em concertação com o ministério da Cultura, mas aqui não haverá nenhuma briga de protagonismo dado que o Presidente da República é magistrado maior de Cabo Verde e exercerá as suas influências, e, com certeza, ajudará e fará com o trabalho que estamos a fazer a nível governamental, que tem sido reconhecido e tenha outra visibilidade”, disse.

José Maria Neves foi escolhido para liderar o património natural e cultural em África durante a II Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comissão Climática para a Região do Sahel, que decorreu em Adis Abeba, Etiópia.

Sucede o antigo presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, disse que a partir de agora assume a responsabilidade de a nível do continente africano liderar todo este programa de preservação do património natural e cultural.

“Na verdade, o nosso continente possui um património cultural riquíssimo e diversificado, alberga tesouros como as pirâmides de Egito, monumentos do Zimbabué e mausoléus de Tombuctu, mas este rico património material e imaterial nomeadamente músicas, línguas, dialectos e todo este património desempenha um papel fundamental na construção de fortes identidades culturais e valores partilhados em todo o continente”, declarou.

Salientou ainda que com esse potencial, se houver a “combinação, união de esforços e conhecimento”, podem ser construídas as “bases sólidas” que irão contribuir para o crescimento da esfera económica de forma inclusiva.

Destacou, por outro lado, que durante a sua liderança serão promovidas acções de reflexão sobre como promover a justiça climática e a equidade na África e para a África, reforçando que para isso terá de contar com todos os chefes de estado e do governo africano e todos os parceiros internacionais para em conjunto destacarmos o que de mais belo existe em África e o que de mais tênue, frágil existe e que merece atenção de todos.

MJB/CP

Inforpress/fim

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