Escritora Vera Duarte lança sua mais nova obra “A Matriarca – Uma Estória de Mestiçagens”

Cidade da Praia, 24 Mar (Inforpress) – A Escritora Vera Duarte lançou esta sexta-feira, na cidade da Praia, um romance polifónico intitulado “A matriarca – Uma Estória de Mestiçagens”.

Uma obra que segundo autora, narra a vivência de homens e, sobretudo, de mulheres, resgatando a mestiçagem ancestral e contemporânea dos cabo-verdianos.

À Inforpress, Vera Duarte adiantou que na obra os leitores podem fazer uma viagem pelos antepassados históricos do povo cabo-verdiano.

“Porque na verdade toda a história gira à volta de um seminário, sobre a origem do povo cabo-verdiano e à volta da preparação desse seminário começa a desenrolar-se a história”, explicou a autora.

“A Matriarca – Uma Estória de Mestiçagens”, argumentou   a autora, revela exactamente a miscigenação que deu origem ao povo cabo-verdiano, a mistura de africanos, principalmente os da costa da Guiné e os europeus, sobretudo portugueses.

A obra, segundo Vera Duarte, retrata duas histórias de amor, de um casal jovem, mostrando a forma de viver da juventude actual, e outra é da geração da autora, mas que acabam por se cruzar, e cada história tem o seu desfecho próprio.

“Em suma, o livro aborda a questão da emigração, a história dos nossos antepassados escravos, dos judeus que vieram do Marrocos, traz referência daquela primeira leva de judeus, a mais antiga e a do seculo XIX”, sintetizou.

A também jurista manifestou o seu gosto pela história das antiguidades egípcias, gregas e romanas, sublinhando que a partir daí e de histórias de pessoas que conhece, surgiu a sua inspiração para a materialização desta que levou um pouco mais de dois anos para escrever.

Vera Duarte, juíza desembargadora, licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa em 1978.

Estreou-se nos livros com a obra poética Amanhã Amadrugada (1993), a que se seguiram O Arquipélago da Paixão (poesia, 2001, Prix Tchicaya U Tam’si de poésie  africaine), A Candidata (ficção, 2004, Prémio Sonangol de Literatura), Preces e Súplicas  ou os Cânticos da Desesperança (poesia, 2005) , entre outras mais onze obras fazem  parte do seu percurso literário.

Foi ainda distinguida com os Prémios Norte-Sul dos Direitos Humanos (1995), Prémio Feminina 2020- Notáveis Mulheres, Guerra Junqueiro Lusofonia (2021) CPLP José Aparecido de Oliveira (2021).

TC/JMV

Inforpress/Fim

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