Censo do Desporto: Dados apontam construção e melhoria das infra-estruturas como factores essenciais para melhoria da prática do exercício físico

Cidade da Praia, 27 Fev (Inforpress) – Os dados preliminares da 1ª e 2ª fases do primeiro Censo do Desporto, apresentados hoje, na Cidade da Praia, apontam a construção e melhoria das infra-estruturas desportivas como factores essenciais para a prática do exercício físico e do desporto.

Na sua primeira fase iniciou em Fevereiro do ano passado e incidiu sobre a recolha de dados junto às famílias, através de um inquérito a uma amostra de 6.740 agregados familiares, sobre a prática desportiva, a procura do desporto, perfil dos praticantes de desporto, entre outros.

A segunda fase privilegiou o levantamento exaustivo de dados e caracterização de todas as infra-estruturas desportivas do País, nomeadamente, pavilhões, polidesportivos, pistas de atletismo, ginásios e placas desportivas.

De acordo com a técnica do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), Ariana Furtado, para além da melhoria das infra-estruturas, os inquiridos apontaram o aumento dos profissionais qualificados e aumento da segurança.

Em termos de números, os dados apontam que Cabo Verde conta com 782 infra-estruturas desportivas, sendo 80,4 por cento (%) públicas e 19,6% privada.

Em relação à tipologias das infra-estruturas indicam que Cabo Verde conta 312 placas desportivas, 182 polivalentes, 107 campos de terra batida (pelado), 68 ginásios, 45 campos de futebol de 11, 44 streetbasket, 25 campos de futebol de sete, 24 campos de ténis, 17 estádios de futebol, 12 pavilhões e seis pistas de skates.

Por outro lado, os dados preliminares do Censo do Desporto dizem que 81,3% dos homens praticam desporto, sendo o futebol a modalidade mais praticada com 75,4%, seguido do basquetebol com 6,5 %.

O Censo do Desporto, realizado pelo INE em parceria com o IDJ, consiste no levantamento e registo de um conjunto de dados e indicadores estatísticos sobre o desporto nacional, que permite o conhecimento da situação desportiva do País, bem como dos diversos factores de desenvolvimento desportivo.

De acordo com os organizadores, fornecerá um manancial de informações e indicadores referentes a diversos aspectos, como os hábitos desportivos dos indivíduos, a demanda e o consumo do desporto, infra-estruturas desportivas existentes no País, organizações desportivas formalmente constituídas, agentes desportivos, entre muitos outros.

Por outro lado, vai disponibilizar informações permitindo uma melhor informação, compreensão, formulação, seguimento e avaliação das políticas e programas sobre o desporto, com base em informações fiáveis.

A terceira e última fase vai incidir sobre a recolha de dados administrativos junto às organizações desportivas (federações, associações, clubes e escolas de iniciação) e instituições consideradas, por lei, como um subsistema do desporto (Ministério da Educação, Ministério da Defesa Nacional, Ministério do Turismo e as Câmaras Municipais).

Os resultados finais vão ser apresentados no mês de Maio, conforme anunciou o ministro do Desporto, Carlos Monteiro, que presidiu à cerimónia de lançamento dos dados da primeira e segunda fases.

O projecto foi lançado em Novembro de 2021 e é financiado pelo Banco Mundial.

OM/HF

Inforpress/Fim

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