Caso Zezito Denti d´Oro: Governo pondera processar criminalmente Santiago Magazine e a Nação

Cidade da Praia, 12 Jan (Inforpress) – O Governo está a analisar a possibilidade de mover um processo de responsabilização criminal aos jornais Santiago Magazine e a Nação pela reprodução da reportagem “Homicídio compromete Governo de Cabo Verde”, publicada no Jornal português Tal & Qual.

A intenção foi manifestada hoje, na Cidade da Praia, numa declaração à imprensa, pelo ministro do Estado, Fernando Elísio Freire, considerando que tal reportagem constitui um “atentado” à imagem e à credibilidade do Governo e das instituições como a Justiça e Polícia Judiciária.

“Considerando a gravidade das calúnias e das falsidades, o Governo reagiu de imediato, exercendo o seu direito de resposta para repor a verdade. O director do jornal português já foi notificado para o efeito”, informou Fernando Elísio Freire, considerando que a reportagem se enquadra perfeitamente numa “cabala de conspiração”.

“O jornal Tal &Qual e os que o reproduzem, devem ter em conta que Cabo Verde se orgulha de estar dotado de instituições fortes e credíveis e com a reputação a nível internacional, que continuamente tem dado prova da sua resiliência face aos mais diversos interesses e pressões”, disse Fernando Elísio Freire, garantindo que os magistrados em Cabo Verde não são manipuláveis pelo poder político.

Para o governante, o poder judicial implantando em Cabo Verde está rodeado de mil cuidados para garantir a total independência dos juízes e a autonomia completa do Ministério Público.

“O Governo repudia o teor da notícia e reitera a sua confiança no ministro da Administração Interna, nas instituições que compõem o sistema da justiça cabo-verdiano, no seu funcionamento e na sua capacidade para realização da justiça”, frisou.

Em relação à reportagem, que aponta o envolvimento do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, na morte em Outubro de 2014, Zezito Denti d’Oru, o ministro lembrou que Paulo Rocha nunca foi constituído arguido nesse e em qualquer outro processo.

“Paulo Rocha não esteve nem sequer indirectamente envolvido na operação de Outubro de 2014. É uma mentira inventada por uns e repetida para parecer verdade”, esclareceu o ministro, apontado que as conclusões do Ministério Público, “lavradas em 79 páginas”, põem a nu a “conspiração montada” para denegrir agentes e responsáveis da Polícia Judiciária.

O assassinato do referido cidadão, de 39 anos, de nome próprio José Lopes Cabral, conhecido como Zezito Denti d’Oru, ocorreu, a 13 de Outubro de 2014, no âmbito de uma “operação policial promovida pela Polícia Judiciária”.

OM/CP

Inforpress/Fim

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