Bolsa de Valores já emitiu este ano quatro empréstimos obrigacionistas no valor de 1,4 milhões de contos –presidente

Cidade da Praia, 24 Mar (Inforpress) – O presidente da BVCV avançou hoje que a instituição financeira já emitiu este ano quatro empréstimos obrigacionistas no valor de 1,4 milhões de contos, cerca de 25% do montante total de emissões de obrigações diversas do ano de 2022.

O presidente do Conselho de Administração da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVCV), Miguel Monteiro, avançou estas informações durante a cerimónia de apresentação da sessão especial da emissão de Obrigações (Séries B e C] do município do Sal, realizada esta tarde nas instalações da BVCV.

“Com estas duas séries de emissões de empréstimos obrigacionistas do município do Sal, já concretizamos em menos de três meses do presente ano quatro emissões de obrigações. As outras emissões tiveram como emitentes a IFH e o IIB. 0 montante global dessas quatro emissões ascende a 1,4 milhões de contos, cerca de 25% do montante total de emissões de obrigações diversas do ano de 2022”, adiantou.

Estes números, segundo este responsável, demonstram que a BVCV está no rumo certo para alcançar o objectivo preconizado para este ano de conseguir no mínimo 11 emissões de obrigações diversas, adiantando que a referida instituição em bom curso várias operações de financiamento através de empréstimos para empresas e municípios.

Quanto aos dois empréstimos obrigacionistas do município do Sal, salientou que há sensivelmente 13 anos, mais concretamente a 15 de Julho de 2010, o município do Sal emitiu a sua 1ª série de obrigações na BPC, por via de uma bem-sucedida Oferta Pública de Subscrição, tornando-se assim, na altura, o 1º empréstimo obrigacionista na BPC

Explicou que desta vez o município do Sal recorreu à Bolsa de Valores para financiar-se através de duas séries de emissões, nomeadamente a serie B, no montante de 401.890.000 CVE e a série C, no montante de 300 milhões de escudos, respectivamente totalizando 701.890.000 CVE.

“A série B destina-se à reestruturação financeira, e série C destina-se essencialmente em garantir a antecipação de receitas municipais do programa de alojamento local, do fundo do turismo, do fundo de ambiente, do programa de recuperação das dívidas, para financiamento do Programa Municipal de investimentos municipais”, indicou.

Destacou, por outro lado, o envolvimento dos bancos operadores de Bolsa, nomeadamente o Banco BAI Cabo Verde, Banco Comercial do Atlântico (BCA], Banco Interatlântico (BIA] e a Caixa Econômica de Cabo Verde (CECV], que se engajaram no Processo de Liquidação Física e Financeira das referidas séries.

“É notório que a Bolsa de Valores de Cabo Verde está fortemente empenhada enquanto parceiro activo do poder local, auxiliando na obtenção de recursos para materialização dos objectivos traçados pelos municípios. De relembrar que no ano passado dois municípios recorreram à BVC para financiarem a sua actividade, designadamente os municípios de São Domingos e Mosteiros”, declarou.

Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal do Sal, Júlio Lopes, manifestou a sua satisfação pela adesão dos investidores a estas duas operações.

“A primeira tem que ver com a unificação da dívida, porque como sabem as câmaras têm de adoptar sistemas mais modernos de gestão. Mais fácil ter único devedor do que ter vários devedores e como os juros são mais baixos, é uma poupança para o município de mais de 30 mil contos com esta operação”, salientou, realçando que a Câmara Municipal do Sal ganhou em termos financeiros com esta operação da unificação da dívida.

Avançou que com esta segunda operação, com um adicional de 300 mil contos, empréstimo com prazo de maturidade de 10 anos, a autarquia local poderá pagar cerca de 40 mil por ano durante 10 anos, um valor ao seu ver muito acessível tendo em conta o orçamento da Câmara Municipal do Sal.

“Queria agradecer esta contribuição que estão a dar à ilha do Sal, porque ao proporcionar ao Sal este montante de 300 mil contos, estão a contribuir na dinamização da economia e a permitir a câmara do Sal cumprir um dos seus objectivos que é servir as pessoas. Com esta operação, os bancos e a Bolsa de Valores estão a contribuir para fazerem as pessoas do Sal mais felizes”, concluiu.

 

CM/JMV

Inforpress/Fim.

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