Paul, 03 Mar (Inforpress) – O aterro controlado, situado nas proximidades da Ribeira Brava, zona fronteiriça entre Porto Novo e Paul, vai servir a ilha de Santo Antão no mínimo durante 15 anos, garantiu hoje o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva.
“Com este aterro controlado, seguramente durante estes 15 anos não vamos preocupar com um local definitivo da deposição de resíduos sólidos. Mas, para que isso possa acontecer, é necessário haver uma boa gestão e o Governo vai continuar a colaborar com os municípios para que esta boa gestão seja assegurada”, afiançou.
O governante, que falava durante o acto de inauguração do aterro sanitário, disse que é uma resposta muito concreta de que Cabo Verde é um país que se alinha com os países civilizados em matéria de resíduos sólidos urbanos.
Gilberto Silva lembrou que se trata de um aterro controlado não sanitário e explicou que a nível das sociedades as coisas evoluem de lixeira ditas selvagens para lixeiras municipais, depois aterros controlados e posteriormente avança para aterros sanitários, que estão acoplados aos chamados centros de triagem para a valorização de resíduos sólidos urbanos.
Por sua vez, o presidente da Associação dos Municípios de Santo Antão, António Aleixo, afirmou que o aterro controlado é uma obra de “grande envergadura”, e um “grande passo” para o desenvolvimento da ilha.
“Estamos satisfeitos porque hoje demos um grande passo para aquilo que nós queremos que é cuidar do ambiente. É evidente que esta é a primeira fase, mas é preciso ter equipamentos para o aterro ficar completo”, acrescentou.
O aterro melhorado, concluído em Janeiro, foi inaugurado na manhã desta sexta-feira, pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.
O projecto, um investimento de 22 milhões de escudos, foi co-financiado pelo Fundo do Ambiente e pela Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANAS), e tem capacidade para receber todo o lixo produzido nos três municípios desta ilha.
Esta infra-estrutura substitui, assim, a lixeira intermunicipal de Santo Antão, que se transformou num problema ambiental nesta ilha, muitas vezes denunciado pelas autoridades de saúde, ambientalistas e pelos operadores turísticos.
LFS/CP
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