Cidade da Praia, 08 Set (Inforpress) – A secretária executiva Maria Celina Ferreira assegurou, hoje, que acabar com a Sida em Cabo Verde no horizonte 2030 é uma meta ao alcance do País que tem vindo a catalisar esforços para que não haja novas infecções.
A secretária executiva do Secretariado Executivo do Comité de Coordenação do Combate à Sida (CCS-SIDA) falava à imprensa, na Cidade da Praia, à margem de um ateliê de capacitação dos profissionais de Farmácia e Gestores de Dados em gestão de estoque de medicamentos e produtos de saúde.
Com o objectivo de contribuir para garantir uma gestão de estoque optimizada e eficiente, evitar rupturas e perdas por prazo de validade, a formação que irá decorrer também na ilha de São Vicente no dia 14 de Setembro, sucede em parceria com o Gabinete para os Assuntos Farmacêuticos (GAF), o Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade de Género (ICIEG) e a Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CNDHC).
“A meta 2030 é acabar com a sida em Cabo Verde e todo o esforço do País, todo o plano estratégico tem esta visão que é contribuir para tratar todas as pessoas que tem VIH e trabalhar activamente para que não haja novas infecções, incluir os direitos humanos para aumentar a questão da tolerância, a prevenção de estigma, eliminar todas as barreiras e conquistar esta meta que está ao alcance de Cabo Verde”, posicionou aquela responsável.
Lembrou que o mundo em que se vive com ameaças de doenças emergentes nomeadamente a da pandemia da covid-19 tem provocado “oscilação” no mercado de fornecimento de produtos de saúde e esta oscilação provoca o aumento de custos, por vezes.
“A ruptura em Cabo verde não é o caso”, garantiu Maria Celina Ferreira, acrescentando que Cabo Verde está a preparar todo o ‘staff’ das farmácias para esse contexto que o mundo atravessa de modo a gerir bem os produtos de saúde, fazer distribuição de forma adequada, às pessoas certas, e no momento adequado, evitando desperdícios e rupturas.
O ano 2024 é a meta para eliminação da transmissão vertical do VIH e Sífilis em Cabo Verde, obtendo a certificação da eliminação da transmissão, ressalvou.
A taxa de prevalência no País é de 0,6% na população em geral, 0,7% nas mulheres e 0,4% nos homens e a tendência “é estável”, segundo a mesma.
“Mas temos outras preocupações que são as populações mais vulneráveis cujas prevalências variam de 2 a 6%, então todo plano estratégico concentra a sua intenção nas actividades estratégicas em trabalhar estes grupos para podermos também atingir a meta de eliminação”, finalizou a secretária executiva.
A referida formação está inserida no âmbito da melhoria e do reforço do sistema nacional de saúde nos componentes de gestão e aprovisionamento de produtos de saúde, nomeadamente medicamentos para tuberculose, VIH Sida e paludismo.
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